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Hoje faz 38 dias que nosso príncipe do funk nos deixou

Considerado um dos maiores nomes do ritmo no Brasil e um dos criadores do funk melody,
artista é autor de hits como ‘Glamorosa’ e ‘Rap do solitário’. Funkeiro morreu de
complicações de problemas cardíacos.

Rio de Janeiro (RJ) – MC Marcinho morre no Rio aos 45 anos. Foto: Instagram/MC Marcinho

MC Marcinho, o Funk Príncipe, faleceu no Rio aos 45 anos.

Hoje, já se passaram 38 dias desde que o ícone do funk partiu, sendo reconhecido como um dos mais influentes representantes desse gênero musical no Brasil e um dos pioneiros do estilo conhecido como funk melody. Este artista, famoso por canções como ‘Glamorosa’ e ‘Rap do solitário’, nos deixou devido às complicações relacionadas a problemas cardíacos.
Neste sábado (26), MC Marcinho, também conhecido como Marcio André Nepomuceno Garcia, faleceu no Hospital Copa D’Or. A notícia foi oficialmente divulgada pela unidade hospitalar, que comunicou o óbito do artista às 9h10.

MC Marcinho é um dos inovadores de um estilo de funk conhecido por sua energia contagiante e ampla acessível, conhecido como funk harmonioso. Ele é o criador de renomados sucessos como “Elegante”, “Refrão do solitário”, “Por causa do seu amor”, “Vou curtir”, “A festa está a mil” e “Menina excepcional”. Este artista pertence à geração de funkeiros que alcançou destaque durante os anos de 1990, durante o período áureo da Furacão 2000. Ele participou de eventos festivos e programas de televisão ao lado de DJ Marlboro, Claudinho e Buchecha, Copacabana, Latino, e outros. Juntos, eles desenvolveram para a difusão do funk por todo o país.

Seu primeiro grande sucesso foi a canção “Refrão do solitário” (“Amor, por que você me trata desse jeito? / Só quero te ver alegre…”). Ele popularizou o funk ao utilizar letras que retratavam a rotina e experiências da juventude que habitava nas favelas e áreas periféricas da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Mc Marcinho – Rap do Solitario – Furacão 2000: Clássicos do Funk

Marcinho viu a luz do dia em Duque de Caxias, na região da Baixada Fluminense, e trocou o sonho de se tornar um jogador de futebol pelo caminho de se tornar um MC. Durante a adolescência, mudou-se para Bangu, um bairro situado na Zona Oeste da cidade, e ali circulava suas raízes. Ele afirmou: “Aqui é onde descobri a minha felicidade”.

Em parceria com um dos muitos colegas de sua carreira, Bob Rum, eles expressaram sua camada com o bairro em sua música “Zona Oeste”: “Eu sou o Marcinho de Bangu / Sou o Bob Rum de Santa Cruz…”.

MC MARCINHO E BOB RUM – ZONA OESTE 2 – DVD Tudo é Festa 2011

No mesmo ano em que ocorreu o acidente, em 2006, surgiu um acontecimento inesperado. Criminosos dispararam quatro tiros na direção do veículo de Marcinho e de sua família durante uma tentativa de assalto. Felizmente, apenas a esposa dele sofreu ferimentos leves na mão devido aos estiletes.

No ano de 2020, ele precisou ser hospitalizado em unidade de terapia intensiva devido às complicações causadas pela Covid-19.
Após sua recuperação e alta da UTI, Marcinho apresentou um vídeo expressando sua gratidão a todos que o auxiliaram e ofereceram apoio. Além disso, poderia-se ao público com um apelo enfático, instantaneamente a todos a tratarem a doença com a devida seriedade.

Momentos difíceis

No ano seguinte, o cantor de funk entrou em um estado de coma que durou quatro dias devido a uma infecção bacteriana que se originou em seu pé esquerdo. Essa condição se agravou e afetou seus pulmões, levando Marcinho a permanecer no hospital por um período adicional de três meses.

Sua última hospitalização anterior ocorreu em julho de 2021, quando ele teve que submeter-se à implantação de uma marca-passo devido a problemas cardíacos. Foi exatamente para fazer ajustes nessa marca-passo que Marcinho foi internado pela última vez, em maio deste ano.

Infelizmente, no dia 10 deste mês, ele sofreu uma parada cardíaca que levou à UTI, onde se tornou necessário o uso da ECMO, uma tecnologia que funciona como uma ventilação artificial, trocando dióxido de carbono por oxigênio no sangue, fora do corpo. Após alguns dias, um coração artificial foi implantado no cantor, mas, lamentavelmente, ele não conseguiu sobreviver.

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